
A propriedade que apaixonou Philippe Austruy em 2012 e que tem conquistado hóspedes em todo o mundo, chamou a atenção de revistas de viagens de referência. A Quinta da Côrte, situada no “coração” do Douro, foi destacada por duas publicações britânicas, a Tatler e a Condé Naste Traveller, como um dos melhores hotéis em Portugal para desfrutar de umas férias paradisíacas na conhecida região demarcada.

“Os oito quartos são exemplos da simplicidade da natureza-morta: cadeiras de vime; luz de venezianas refletindo em gesso texturizado; nichos recuados cheios de jarros de flores silvestres. Na varanda, o deslizamento azul-escuro da piscina paira sobre os vinhedos verdes manchados”, pode ler-se na Condé Naste Traveller.

“É para nós um orgulho enorme ser destacado por estas publicações de renome, que reconhecem a qualidade da nossa quinta, pois é um reconhecimento do nosso trabalho e ao mesmo tempo uma oportunidade de posicionar o Douro como um destino de eleição”, refere Marta Casanova, Diretora e enóloga da Quinta da Côrte.

Recorde-se que o projeto de recuperação da Quinta da Côrte esteve ao cargo do arquiteto Pierre Yovanovitch, que fundiu o design moderno com as tradições do Douro, o que é visível nos pormenores de decoração da casa.

SOBRE A QUINTA DA CÔRTE
Antiga propriedade das famílias locais Pacheco & Irmãos a Quinta produziu durante vários anos uvas e, às vezes, alguns lotes de vinho que eram vendidos aos grandes nomes do vinho do Porto, como Delaforce, Croft, Taylor’s e Ramos Pinto.
Em 2013, Philippe Austruy, proprietário de várias propriedades em França e uma em Itália, procura uma Quinta no Douro. Quando visita a Quinta da Côrte, é amor à primeira vista: os edifícios estão em muito mau estado e nota-se uma falta de manutenção crónica por todo o lado. Porém, a propriedade tem um grande potencial. Demora mais de um ano para concretizar a aquisição junto de todos os herdeiros, mas em finais de 2013, as obras podem começar!
Em primeiro lugar, a vinha e a adega são alvo de todas as atenções. As 22 parcelas, na altura, com uma densidade média de plantação de 4000 pés/hectares e uma idade média de 40 anos foram objeto de uma recuperação de fundo. Todas foram cuidadosamente classificadas, cada fila foi numerada e todos os pés de vinha foram identificados. O material vegetal em falta foi substituído. Os solos foram totalmente retrabalhados com vista a serem arejados e reequilibrados, em especial através de correções calcárias.
Desde o início que metade da propriedade (12 hectares, correspondente às vinhas velhas) é trabalhada graças ao Bonito e ao Garoto, dois cavalos ágeis que compensam, minimamente, o facto de não ser possível utilizar nenhuma máquina.
A partir da colheita de 2013, a Quinta da Côrte produz um tinto do Douro que prova logo à partida a excelência da região.
Sobre a Adega:
A adega é um projecto assinado por Pierre Yovanovitch, com uma arquitectura pensada ao pormenor com o objetivo de produzir vinhos de elevada qualidade. Respeitando o declive do terreno, característica geográfica típica da região do Douro, foi concebido em 3 pisos, de forma a aproveitar a gravidade e, consequentemente, o aproveitamento mínimo de bombas.
No último andar, as uvas são recebidas onde é feita uma escolha criteriosa, quer manualmente, quer com o auxílio de uma máquina que faz essa seleção. Em seguida, passam para o piso intermediário para a vinificação em cubas de pequeno volume para trabalhar em lotes mais específicos por variedade e por lote.
No piso superior, já subterrâneo, contribuindo para a redução das amplitudes térmicas ao longo do ano, os vinhos descansam em barricas de 500 l e também em “foudres” de 3.000 l de forma a uma integração mais lenta da madeira no vinho e uma presença de taninos muito suaves no produto final. É também neste piso que termina o processo de engarrafamento e rotulagem.